Introduction: Unplanned initiation of renal replacement therapy (RRT) in chronic kidney disease (CKD) patients is a common situation worldwide. In this scenario, peritoneal dialysis (PD) has emerged as a therapeutic option compared to hemodialysis (HD). In planned RRT, the costs of PD are lower than those of HD; however, the literature lacks such analyses when initiation is urgent.
Objective: To clinically and economically evaluate, from the perspective of the Unified Health System (SUS, Sistema Único de Saúde), the strategy of initiating unplanned RRT using HD or PD in patients during their first year of therapy.
Methodology: Quasi-experimental study with cost-effectiveness analysis based on primary data from incident patients on RRT, over a twelve-month follow-up period, using the intention-to-treat approach. Data collection occurred prospectively, directly from medical records, computing data on the use of dialysis therapy, high-cost medications, procedures in dialysis accesses and recorded events. Costs were estimated using the amounts reimbursed by the SUS. In the economic analysis, the application of the bootstrap method and the construction of graphical representations were proposed.
Results: At the end of one year, there were no differences between costs and effectiveness when initiating unplanned RRT using either PD or HD.
Conclusion: Starting RRT with PD is a similar option to starting with HD in patients requiring unplanned methods. The minimal initial investment required to establish PD slots makes it a strong option as a public health policy for expanding RRT in developing countries.
Introdução:: O início da terapia renal substitutiva (TRS) de modo não planejado em portadores de doença renal crônica (DRC) é situação frequente mundialmente. Nesse cenário, a diálise peritoneal (DP) tem se evidenciado como opção terapêutica em comparação à hemodiálise (HD). Na TRS planejada, os custos da DP são inferiores aos da HD, porém a literatura carece dessas análises quando o início é urgente.
Objetivo:: Avaliar clínica e economicamente, na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS), a estratégia de iniciar TRS não planejada por HD e DP em pacientes durante seu primeiro ano de terapia.
Metodologia:: Estudo quase experimental com análise de custo-efetividade a partir de dados primários de pacientes incidentes em TRS, em horizonte temporal de doze meses, por intenção de tratamento. A coleta de dados ocorreu de maneira prospectiva, diretamente dos prontuários médicos, computando dados de utilização de terapia dialítica, medicações de alto custo, procedimentos em acessos dialíticos e eventos ocorridos, com estimativa de custos pelos valores repassados pelo SUS. Na análise econômica, foi proposta a aplicação de método de bootstrapping e construção de gráficos.
Resultados:: No fim de um ano, não houve diferenças entre custos e efetividade ao iniciar a TRS de maneira não planejada por DP e HD.
Conclusão:: Iniciar TRS por DP é opção semelhante a iniciar por HD em pacientes com necessidade de métodos não planejados. A mínima necessidade de investimento inicial para criação de vagas de DP é fator que a fortalece como política de saúde pública para expansão da TRS em países em desenvolvimento.