Fatigue and quality of life of health professionals in Primary Care during the COVID-19 pandemic

Rev Bras Med Trab. 2024 Aug 5;22(1):e2022968. doi: 10.47626/1679-4435-2022-968. eCollection 2024 Jan-Mar.

Abstract

Introduction: The COVID-19 pandemic brought about an important discussion about the health of primary health care workers who are subject to physical and psychological distress, which may initially be expressed by fatigue and change in quality of life.

Objectives: To verify the correlation between fatigue and quality of life of primary health care workers during the COVID-19 pandemic in Brazil inland.

Methods: Cross-sectional, quantitative study, with the application of three questionnaires: social and demographic; Fatigue Perception Questionnaire; World Health Organization Quality of Life instrument-Abbreviated version. Statistical analysis comparing two or more groups and correlation adopting a significance level of p < 0.05.

Results: It included 50 professionals with a mean age of 40.7 ± 9.6 years. High fatigue was evidenced (68.2 ± 17.2 points), and married individuals had a higher level of fatigue than single individuals (p = 0.003). There was also a high general average score in quality of life (85.27 ± 9.6 points), especially in workers with higher education (p = 0.03), as well as in non-smoking professionals (p = 0.02), with higher household income (p = 0.04) and in singles (p = 0.01). Therefore, the correlation was inverse and moderate between fatigue and quality of life (R = -0.44).

Conclusions: We found a high level of fatigue and quality of life and an inverse correlation. The results show convergences and divergences with the scientific literature, indicating the need for more studies with primary health care workers.

Introdução: A pandemia de covid-19 trouxe uma importante discussão sobre a saúde dos profissionais de saúde da Atenção Básica sujeitos ao sofrimento físico-psíquico, podendo ser inicialmente expresso por fadiga e alteração da qualidade de vida.

Objetivos: Verificar a correlação entre fadiga e qualidade de vida de profissionais de saúde da Atenção Básica durante a pandemia de covid-19 no interior do Brasil.

Métodos: Tratou-se de um estudo transversal e quantitativo, com aplicação de três questionários: sociodemográfico; o Questionário de Percepção de Fadiga; e o World Health Organization Quality of Life instrument-Abbreviated version. A análise estatística foi feita com comparação de dois ou mais grupos e correlação adotando nível de significância de p < 0,05.

Resultados: Participaram 50 profissionais com idade média de 40,7±9,6 anos. Evidenciou-se fadiga elevada (68,2±17,2 pontos), sendo que indivíduos casados tiveram maior nível de fadiga que solteiros (p = 0,003). Evidenciou-se também alta pontuação média geral em qualidade de vida (85,27±9,6 pontos), principalmente em trabalhadores com ensino superior (p = 0,03), assim como em profissionais não fumantes (p = 0,02), com maior renda familiar (p = 0,04) e em solteiros (p = 0,01). Portanto, a correlação foi inversa e moderada entre fadiga e qualidade de vida (R = -0,44).

Conclusões: Encontrou-se elevado índice de fadiga e qualidade de vida e correlação inversa. Os resultados mostram convergências e divergências com a literatura científica, indicando a necessidade de mais estudos com os profissionais de saúde da Atenção Básica.

Keywords: COVID-19; fatigue; primary health care; quality of life.