This paper aimed to analyze the social representations of motherhood of pregnant women, breastfeeding women, and those who experienced pregnancy in deprivation of liberty in the prison system. This qualitative study was conducted with 42 women and is grounded on the assumptions of the Theoretical Paradigm of Social Representations. Most participants were young women aged 18-39 (90.5%; n=38) and single (50.0%; n=21); 61.9% (n=26) reported two or more pregnancies and 47.6% (n=20) reported one or more miscarriages. The possible representation of being a mother in prison was crystallized, in semantic terms, mainly by the terms "separation" (f=27; OME: 2.9), "sadness" (f=18; OME: 2.3), "horrible" (f=16; OME: 2.1) and "pain" (f=12; OME: 2.8). In the substitution and decontextualization zone, representations were objectified by the terms "separation" (f=18; OME: 3), "sadness" (f=13; OME: 2.5), "fear" (f=11; OME: 2.2) and "horrible" (f=10; OME: 1.5). It was evident that the centrality of social representations for the study participants reflects the suffering experienced by the separation of the mother-child dyad.
Neste artigo, objetivou-se analisar as representações sociais da maternidade de mulheres gestantes, lactantes e que vivenciaram a gestação em privação de liberdade no sistema prisional. Trata-se de estudo qualitativo, ancorado nos pressupostos do Paradigma Teórico das Representações Sociais, realizado com 42 mulheres. As participantes eram, em maioria, jovens entre 18 e 39 anos de idade (90,5%; n=38) e se encontravam solteiras (50,0%; n=21); 61,9% (n=26) relataram duas ou mais gestações e 47,6% (n=20) referiram um ou mais abortamentos. A possível representação do ser mãe na prisão se cristalizou, em termos semânticos, principalmente pelos termos “separação” (f=27; OME: 2,9), “tristeza” (f=18; OME: 2,3), “horrível” (f=16; OME: 2,1) e “dor” (f=12; OME: 2,8). Na zona de substituição e de descontextualização, as representações foram objetivadas pelos termos “separação” (f=18; OME: 3), “tristeza” (f=13; OME: 2,5), “medo” (f=11; OME: 2,2) e “horrível” (f=10; OME: 1,5). Evidenciou-se que a centralidade das representações sociais para as participantes do estudo reflete o sofrimento vivenciado pela separação da díade mãe-filho.