Diseases in end stage typically occur with hypothalamic-pituitary-ovarian axis disorders, with consequent anovulation and infertility. The solid organ transplantation increased survival of patients with end-stage organs disease and the vast majority of women improve their reproductive capacity after transplantation. Although adoption can always be a possibility, the transplanted infertile woman has the right to self-reproductive determination using assisted reproductive techniques. While it is known that pregnancies in transplantedwomen are at high risk, there is no evidence of differences in pregnancy outcome in pregnant transplanted subject to technical, compared with spontaneous pregnancies. The use of assisted reproductive techniques in transplanted women is a medical, ethical and psychosocial challenge, whose approach must be multidisciplinary, to ensure reproductive success without compromising the function of the transplanted organ or maternal health, allowing the birth of a healthy child. The literature remains scarce. Three clinical cases are presented.
Doenças em estádio terminal cursam tipicamente com distúrbios do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, com consequente anovulação e infertilidade. A transplantação de órgãos sólidos aumentou a sobrevida e melhorou a capacidade reprodutiva das mulheres com este tipo de patologia. Embora a adopção seja uma possibilidade, a mulher transplantada infértil tem direito à sua autodeterminação reprodutiva com recurso a técnicas de procriação medicamente assistida. As gravidezes em mulheres transplantadas são de alto risco, mas não parece existir evidência de diferenças no desfecho obstétrico e neonatal nas grávidas transplantadas sujeitas a procriação assistida, comparativamente a gravidezes espontâneas. A utilização de técnicas de procriação assistida em mulheres transplantadas constitui um desafio médico, ético e psicossocial, cuja abordagem deve ser multidisciplinar, para assegurar o sucesso reprodutivo sem comprometer a função do órgão transplantado ou a saúde materna, permitindo o nascimento de uma criança saudável. A literatura existente mantém-se escassa. São apresentados três casos clínicos.