Objective: To describe the cross-cultural adaptation of the Affective Reactivity Index (ARI) to Brazilian Portuguese and to investigate preliminary psychometric properties of the adapted version.
Methods: Cross-cultural adaptation was based on the investigation of the theoretical and operational equivalences of the original ARI in the Brazilian context, followed by a process of translation, back-translation, and review by a committee of experts. Data analysis was carried out in a community sample of 133 schoolchildren aged 8 to 17 years to investigate the following characteristics of the ARI: 1) factor structure; 2) internal consistency; 3) construct validity comparing differential relationships between irritability and anxiety dimensions and impairment; and 4) item response theory (IRT) parameters.
Results: A final Brazilian Portuguese version of the instrument was defined and is presented. Internal consistency was good, and our analysis supported the original single-factor structure of the ARI. Correlations of the ARI with distress-related anxiety dimensions were higher than with phobic-related anxiety dimensions, supporting its construct validity. In addition, higher ARI scores were associated with higher irritability-related impairment. IRT analysis underscored frequency of loss of temper as essential to inform about pathological states of irritability.
Conclusion: The Brazilian Portuguese version of the ARI seems to be very similar to the original instrument in terms of conceptual, item, semantic, and operational equivalence. Our preliminary analysis replicates and extends previous evidence confirming promising psychometric properties for the ARI.
Objetivo: Descrever a adaptação transcultural do Affective Reactivity Index (ARI) para o português do Brasil e investigar propriedades psicométricas preliminares da versão adaptada.
Método: A adaptação transcultural foi baseada na investigação das equivalências teórica e operacional da versão original do ARI no contexto brasileiro, seguida do processo de tradução, retrotradução e revisão por comitê de especialistas. A análise dos dados foi realizada em uma amostra comunitária de 133 escolares com idade entre 8 e 17 anos para investigar as seguintes características do ARI: 1) estrutura fatorial; 2) consistência interna; 3) validade do construto, comparando as relações diferenciais entre irritabilidade e as dimensões de ansiedade e prejuízo; e 4) parâmetros de teoria da resposta ao item (TRI).
Resultados: Uma versão final em português do Brasil do instrumento foi definida e é apresentada. A consistência interna foi boa, e nossa análise confirmou a estrutura unifatorial original do ARI. As correlações do ARI com as dimensões de ansiedade relacionadas a sofrimento foram maiores do que com as dimensões de ansiedade relacionadas a fobias, reforçando a validade do construto. Além disso, escores mais altos no ARI foram associados a maior prejuízo relacionado à irritabilidade. A análise do TRI enfatizou a frequência de perda de controle como essencial para determinar estados patológicos de irritabilidade.
Conclusão: A versão em português do Brasil do ARI parece ser muito semelhante ao instrumento original em termos de equivalência conceitual, de itens, semântica e operacional. Nossa análise preliminar reproduz e estende evidências anteriores que confirmam propriedades psicométricas promissoras para o ARI.