Introduction: In type 2 diabetic patients treated with metformin the development of hyperlactacidemia or even lactic acidosis seems to result from an acute precipitating event. This study aims to assess the prevalence and relative risk of hyperlactacidemia in diabetic patients admitted in the Emergency Room, the predictive factors for high lactate concentration and the influence of hyperlactacidemia in patients' prognosis.
Material and methods: Transversal observational study including patients observed between June and October 2012: 138 type 2 diabetics, 66 treated with metformin, and 83 non-diabetic patients. Studies' variables: age, sex, cause of admition, blood pressure, drugs, personal history, analytical study (biochemistry and arterial blood gas analyses with lactate) and destination. Statistical analysis was performed using SPSS 21.0(®).
Results: Mean lactate concentration and hyperlactacidemia prevalence were significantly higher in diabetic patients (2.1 ± 0.1 mmol/L vs 1.1 ± 0.1 mmol/L, p < 0.001 and 39.1% vs 3.6%, p < 0.001, respectively) and in those under metformin compared to other diabetics (2.7 ± 0.2 mmol/L vs 1.6 ± 0.1 mmol/L, p < 0.001 and 56.9% vs 23.3%, p < 0.001, respectively). Diabetics on metformin presented a 25-fold increased risk of hyperlactacidemia (OR = 25.10, p < 0.05). Creatinine was the only independent predictive factor for lactate concentrations (B = 1.33, p < 0.05). Patients with hyperlactacidemia had 4.4 times higher odds of being hospitalized or dying (OR = 4.37, p < 0.05). When hospitalized, they had longer hospitalization periods (21.66 ± 5.86 days vs 13.68 ± 5.33 days, p < 0.001) and higher rate of deaths (12.5% (n = 4) vs 4.3% (n = 2), p < 0.05).
Conclusion: There was an increased risk of hyperlactacidemia in patients with type 2 diabetes, particularly for those under metformin. Serum creatinine represented the only independent associated factor of lactate concentration. The presence of hyperlactacidemia was associated with worse prognosis.
Introdução: Em diabéticos tipo 2 sob metformina o desenvolvimento de hiperlactacidemia ou mesmo acidose láctica parece decorrer de um evento precipitante agudo. Este estudo objetiva avaliar a prevalência e risco relativo de hiperlactacidemia em diabéticos observados no Serviço de Urgência, os fatores preditores da concentração de lactatos e a influência da lactacidémia no prognóstico.Material e Métodos: Estudo observacional transversal incluindo 138 diabéticos tipo 2, dos quais 66 sob metformina, e 83 doentes não diabéticos atendidos entre junho e outubro de 2012. Variáveis estudadas: idade, sexo, motivo de urgência, pressão arterial, hábitos farmacológicos, antecedentes, estudo analítico (bioquímica e gasometria arterial com doseamento de lactatos) e destino após observação. Análise estatística realizada com SPSS 21.0®.Resultados: A concentração de lactatos e proporção de hiperlactacidemia foram significativamente superiores nos diabéticos (2,1 ± 0,1 mmol/L vs. 1,1 ± 0,1mmol/L, p < 0,001 e 39,1% vs. 3,6%, p < 0,001, respetivamente); particularmente naqueles sob metformina comparativamente aos restantes diabéticos (2,7 ± 0,2 mmol/L vs. 1,6 ± 0,1 mmol/L, p < 0,001 e 56,9 % vs. 23,3 %, p < 0,001, respetivamente). Os diabéticos sob metformina contabilizaram uma probabilidade de hiperlactacidemia 25x superior (OR = 25,10, p < 0,05). A creatinina representou o único fator preditor independente da lactacidemia (B = 1,33; p < 0,05). Os doentes com hiperlactacidemia apresentaram probabilidade 4,4x superior de serem internados ou falecerem (OR = 4,37, p < 0,05). E, quando internados, contabilizaram tempo de internamento (21,66 ± 5,86 dias vs 13,68 ± 5,33dias, p < 0,001) e número de óbitos superiores (12,5% (n = 4) vs 4,3% (n = 2), p < 0,05).Conclusões: Demonstrou-se um risco acrescido de hiperlactacidemia em diabéticos tipo 2, particularmente naqueles sob metformina. A creatinina sérica representou o único fator preditor independente da concentração de lactatos. A presença de hiperlactacidemia condicionou um pior prognóstico.